Te encontrei numa viajem primitiva
Num primeiro duplo sentido, uma ponte por cima das tuas carnes
Você finge como eu, disfarça os interesses, para que as coisas não sejam o que parecem
Um modo de aliviar toda a tensão que percorre as veias, o sangue se concentrar
Príncipes de um sabor docemente azedo, embriagando vontades recolhidas
Encorajando-me atos normais banidos por mim
Chuva incentivando repartir o frio na busca de calor
Protegi das águas teus cachos alisados
Deixei teus orifícios de lado e penetrei fundo nesses teus olhos claros
Segurei teu corpo contra o meu, frágil esqueleto acalentado
Imã astrológico de terras mal tratadas, virgens de um encontro
Mesmo mês a retrucar nossos silêncios só a nós compreendidos
Risadas de espíritos palhaços
Temperatura, encaixe, sabor
Mãos dadas nos prendendo os lábios famintos
Sede incurável, doença chamada desejo prematuro, findo
Minhas mãos percorrendo tua cintura, sua pele em choque com a minha
Vamos liberar os prêmios da noite casual
Amasse minha fragilidade, plante essa dominação escondida
Arranque arrepios da minha espinha enquanto percorro tua nuca com minha respiração
Não podemos nós questionar, não estranhamos nada
Acerto no alvo, isso é o físico encarnando, me fazendo pagar a língua grande
Vamos para uma maliciosa festa particular?
Vontade de te fazer habitar meu quarto sem dono
Te encaixar em meio aos passados guardados entre os lençóis
Deliciar-me com teu aparelho asqueroso, sexo das maiorias, a procriação
Unificar um ato pelos fatos adquiridos no caminho até em casa
Regenerar um caso perdido
Encaminhar novos quesitos, gostos inativos
Conhecer o que não me permito
Aprisiono esse meu desejo todo teu, nessas linhas encharcadas de libido
Abandono essa fantasia, me proíbo de inchar nervos com pensamentos teus
Essa ilusão vai permanecer no escuro, não alimentarei essa inclinação para o oposto...
sexo demais né não?
ResponderExcluirComo sempre EXCELENTE !
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