Difícil não me repetir, repetindo mais uma vez tua insistente permanência
Primaveras se cumprindo, faz tanto tempo
Teu vulto me rouba a atenção, tua sombra faria um brinde comigo?
Poderia te comprar com um maço de Malborro, sempre tenho na bolsa
Somos tão baratos, valemos menos que um Bom Dia
Fiquei com teu defeito de não misturar sexo com emoção
O desconcerto tomou seu lugar
Minha dor preferida, gosto do jeito que ainda queima
Como é que eu vou embora dos teus retratos escondidos?
Do diário construído em vão
Da persistência de te ressuscitar nas minhas fantasias
Alegorias de um carnaval sem cores
Festa sem balões, bolo, doces
Saio recortando frases pra te compor na minha idealização
Repito passos nos lugares abandonados por nós
Repito, insisto, minto pra mim, milhões de vezes
Perco todas as apostas de te abandonar por dentro
Lavar da cabeça tuas lembranças, deixar escorrer os detalhes
Por que me pego pecando contra o mundo,
Quando arranho as costas de alguém e espero que você sinta
Te jogo maldições sem querer, puro instinto
Toda essa coisa foi ficando tão pesada
Masoquismo meu, gosto como dói
Minha abstinência não passa
Quem sabe isso me deixa satisfeito
Sei que eu nem existo mais, estou queimando sem razão
Apague essas memórias com teu sopro de mentiras,
Como as velas desse teu dia...
muito bom!!!
ResponderExcluirEm pleno primeiro de março...Pensei q era independência...Mais acho q ta longe...Belo texto amor meu...
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