segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Um outro pensar

O coração hoje amanheceu espremido
Um medo que é apenas medo
Sem tamanho, sem sentido
Apenas um medo doloroso
Receio de acordar de um sonho
Sonho esse real e compartilhado
Que seja só saudade
Não quero fazer do seu amor
Um papel rabiscado
Que sem pensar duas vezes
Amassamos e jogamos fora
Eu sou uma contradição
Mas tenho certeza das coisas que exalo pelos poros
Eu sou inconstante, mas não sou indecifrável
Deve ser a intrometida insegurança
Ela surge assim, mete o nariz onde não é chamada
Nada posso fazer e o que deveria dizer
Fui sincero me despindo ao seu julgamento
Me incomoda o fato da sua certeza ao meu silencio a sua frente
Eu não sou previsível, mesmo se pareço
Se for um sonho, não quero ser acordado
Se for carência, não quero supri-la
Se o amor está acabando?
Você é quem tem essa resposta
Se o passado está presente?
Tuas perguntas te respondem
Não vou desperdiçar um cúmplice, um amigo, um igual
Não jogarei essa calmaria fora
Esse acomodo que me deixa tão satisfeito
Eu posso ate não saber o que quero
Mas eu tenho certeza do que eu não quero
Não tenho falta da solidão...

sábado, 26 de setembro de 2009

Falta


Uma sensação gasturante
Um pedaço fazendo falta
A impressão trazendo o fato de parecer incompleto
Saudade que aperta, espreme e maltrata por dentro
É a abstinência fazendo sua parte
Contando os dias, as horas, minutos
Querendo te ter, te sentir e te amar
Ando te querendo cada vez mais
Meu bem, meu amado...

Firmamento


Eu te tenho comigo
E agora que te tenho
Já não posso ficar sem você
Não canso de admirar teus traços
Meus olhos grudam em tua face
Teus olhos devotos me fascinam
Teus lábios delirantes me prendem
Tuas mãos conseguem mapear meu corpo
Meus pontos de partida
Teus desengasgos me desconsertam de satisfação
Travamos uma luta de conquista diária
Vamos compondo esse amor ponto a ponto
É pra não chegar o dia de sermos apenas amigos
Nem nós imaginamos assim
Da calafrios, nervoso, frio na espinha
Só você pra me fazer flutuar
Pra me jogar na cara a realidade crua
As responsabilidades necessárias
Nesse nosso plural-singular estou a salvo
Sei que silêncios ainda permanecem
Que estranhezas aparecem
Tudo some quando somos só nós
Sabe estamos mesmo sem controle
Você diz te-lo perdido
E eu nem cheguei a encontra-lo
Mas uma coisa é certa
O que sinto só aumenta...

Desabafo


Eu sei que não deveria estar escrevendo essas coisas
Não deveria transmiti-las, mostrá-las
Sei também o preço que poderei pagar
Sei das pesadas consequências que poderão surgir
Mas é que se eu não fizesse se não transparece-se
Eu ainda sentiria, isso ainda me entalaria na garganta
Procuro um sentido e não encontro
Eu juro que não estou tentando dificultar as coisas
Juro não querer magoar e nem causas falsas esperanças
Nem quero retornar pra o lugar de onde fui salvo
É que às vezes parece existir fantasmas entre nós
Se o passado for um fantasma
Você veio para exterminá-lo
Não quero afundar com esse orgulho ferido, com essa velha dor
Eu não quero me render a isso
Eu sei quem estou amando
E não é nenhum fantasma
Ele só causou confusão e tormento
Quase me levou a destruição
Não me causou nada a não ser problemas
Isso é e foi constante
Esse é o fato de o dialogo não existir
Foram regras do termino
Regrar instintivas, involuntárias
Espero que isso te mostre um sentido
Por mais que essa dor persista
É somente ela que surge
No máximo uma gota grosseira de raiva, só raiva
Não ódio, por ser um antagonista perigoso
Eu estou me libertando
Estou partindo pra uma nova jornada
Pra nossa jornada...

O silencio da madrugada é perturbador
Os pensamentos trazidos por ele são amargantes
Não quero me policiar
Não quero me censurar
Você não merece isso
Queria mesmo falar tudo o que passa em minha cabeça
Mas que culpa tenho eu de guardar as palavras
De engoli-las muitas vezes
O certo se mostra tão duvidoso
Não quero me explicar
Procuro ser entendido, ando tentando me entender
Será que apenas me acostumei?
Será que é mesmo necessidade?
Olha eu me censurando
Escolhendo palavras certas
Quero olhar pra lua
Mas nela não quero ver o coelho dos apaixonados
Desejo ver a tua face
Quero poder fechar os olhos e sentir tua presença
O teu toque, teu sabor
Quero sim aprender
Adorarei ensinar, só somar e multiplicar
Não me prive das perguntas
Mas também não arranque as respostas
Esteja sempre por perto
Mas não tome o lugar da minha sombra
Te deixo a vontade
Mas não se sinta largado, solto
Já não me imagino sem as cobranças
Doces e saldáveis como só você sabe impor
Quero agora me acostumar a não sofrer
Já que agora tenho o que quero
As vezes penso gostar de uma fosa
De conversar com a solidão cara a cara
Mas são só os pensamentos do silencio da madrugada
Que tudo passe no amanhecer...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Década Dupla


Essa noite eu fui dormir com medo
Era saudade dos tempos de criança
O mundo gira, pessoas passam
As coisas mudam, se transformar
Quantos medos encravados na alma
Quantas alegrias soltas na mente
Que felicidade eu tenho agora
Que amor mais lindo, leal
É esse que palpita agora em mim
Muitas vezes não tive nada alem do choro
Outras vezes me restava só olhar
Mesmo assustado, nada de gritos
Fui aprendendo a guardar, me acostumei a acumular
Ando tentando liberar, estou indo aos poucos e devagar
Fui me perdendo pela vida
Um tanto derrotado, anestesiado
Alguns vícios foram adquiridos
Certas coisas esquecidas
Fantasmas de magoas perdidas
Procurei, me desesperei, me desmotivei e quase desisti
Ai, de repente fui achado, fui salvo
Desde então eu amo
Desde então eu aprendo a ser feliz
Tento não me assustar, não ter medo de repente o coração não suspirar tanto
Não ter medo do tempo
Perigoso tempo, indecifrável
Um tempo feliz seria o agora
Lembranças de raivas engolidas
Alegrias contidas, guardadas
Esperas que me cansavam
Tormentos que não me deixavam
Saudade louca do que ainda esta por vir
Fome louca de viver cada momento
O amor agora resolve sorrir
Ouve o medo de tentar de novo
As amargas decepções
Os cortantes silêncios
Os alucinados pensamentos
A eterna esperança
O chega, a mudança
O bater de asas
As experiências, as provas
O presente do acaso
O encontro do destino
A satisfação atingida
As insatisfações ocorridas
A necessidade de recomeçar
A dádiva de poder ser
A maravilha de se descobrir...

Ato Verdadeiro


A certeza do verdadeiro amor
Essa afirmação forte, poderosa
Vem dessas noites de entrega
Do amor incondicional
Do entendimento mutuo
Da compreensão aliviadora
Do lacrimejar dos olhos
Dos suspiros, da respiração sobre a pele
O adivinhar de pensamentos
O embalar das melodias
Ainda bem que você vive
Ainda bem que nos achamos
Que sorte a nossa
Agora lembrar dos foras do passado não dói
Era tudo truque da vida pra nos unir
E eu que nem acreditava mais
Suspirava de tanta agonia
Quem sabe conquistei o tempo
Tudo acontece na hora certa
Agora eu já sei
Agora eu entendo
Entre tanta gente sem graça
Entre tanta futilidade
Surge o que eu esperava
Já andava sem esperanças
Desmotivado com o coração aos cacos
Então surge o que eu esperava
Por isso não me deixe nunca
Uso a palavra nunca, pela força que ela carrega
Tenho total noção do que peço
Com você da certo
Eu fico mais bonito
Mais esperto, mais contente
Podia estar perdido, caído por ai
Mas eu não quero, eu te quero
Com você eu sou feliz
E ninguém pode com a nossa felicidade
Agora sei que estou completo
Nosso sentimento espanta todo e qualquer olho maldoso
É tudo tão forte
É tudo tão simples
É real, é constante, é recíproco
É o verdadeiro amor...

Dito


Eu estou bem, na positividade
Não me tema
Não tenha medo de nos fazer feliz
Não se amedronte, se encolha
Eu estou em teus braços
Eu estou com você
Você reluz incessantemente no meu pensamento
Sabe do mais, Eu te amo!
Te quero, adoro te surpreender
Falando o que você adora
Lutando pra te merecer
Querendo mesmo te ver sempre feliz
Sempre cantante, irradiante
Acelerando e escutando meu coração
Com você me elevo, transcendo
Fico sem fôlego, sem palavras
Fico leve, entregue
Te imagino ao longo
Te imagino comigo, na mesma via de mão dupla
Não vamos nos perder
Me mostra o porão desse lindo coração
Vamos ficar lá guardadinhos, juntos
Quero te entender, te enxergar no olhar
Muitas outras vezes
Quero cada vez mais que você sinta minha transparência
Continua, você já foi muito alem
Te carrego comigo...

Noite Apavorada


Essa noite foi atormentada
Tumultuada com antigos e persistentes pesadelos
O velho charlatão em seu recinto embriagante
Queria deletar da minha mente, esses pesadelos tortos
Acordei com medo e assustado
Apavorado por querer você pra abraçar e não encontrar
Atormentado sem saber se era presente, passado ou futuro
Queria seu abraço forte arrancando esse medo feroz
Tenho a sensação de estar voltando ao caminho certo
Me guia e me ilumina com a sua luz
Me ensina a ser alguém
Me da às razões
Me mostra o verdadeiro sonho de amar...