quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Positilicidade


Quero deixar claro!
O que sinto agora é melhor
A minha garra é mostrar
Só, e somente o que sinto
O vicio é agora muito melhor
Mais seguro, mais amável
Mais real, muito mais honesto
Triturantemente mais verdadeiro
Continuei e fui além
Pra mim o escuro e ilusório passado
Agora se resumiu ao ponto final
Antes tarde que nunca
Foram muitos os tempos rastejantes
Solitários e tumultuadamente perturbados
Tudo agora é mais claro
As coisas têm mais razão por acontecerem
Sou mais humano e feliz
Estou de boas na lagoa e o cabelo voa
Tenho tudo o que quero...

Digo sim


Eu sei que não será pra sempre!
Como dizem: O pra sempre, sempre acaba
Mas pode ser por toda vida
Dependerá de nós
O acaso nos juntou
O destino nos achou
Em teus braços eu me sinto eu mesmo
Tua presença me emudece
Fazem travar minhas palavras
A boca só quer beijar
Os olhos é que não escondem nada
Dizem tudo sem nenhuma farsa
O brigado por colocar meus pés no chão
Por deixar meu coração nas nuvens
Por me trazer de volta a vida
Por ser tão cauteloso, atencioso
E ser especialmente amável
Por ser radiosamente belo e me chamar de lindo
Eu quero muito te merecer
Fazer valer cada sonho que pula dos teus lindos olhos marrom cor de mel
Tu es doce como o mel
Tão delicado quanto o mais honesto poema de amor
Adoro quando me leva ao riso
Quando faz subir minha temperatura
Te agradeço por pensar em mim
Por aturar os meus silêncios
Por me fazer tão feliz
Por me fazer o pedido
E por me provar que não precisava nem pensar pra aceita-lo...

O encontro


Obrigado por dar mais cores a minha vida
Por deixar as cores mais vivas
O mundo mais sorridente
Foi muito bom te conhecer
Foi melhor ainda você saber me envolver
Foi impossível não ceder aos teus encantos
Que dia, que tarde maravilhosamente amável
Que paz inimaginável
Nem sabia mais
Não tinha mais noção da magia desse outro plano
Dessa leveza mais orgânica que as ervas proibidas
Benditos ventos que te fizeram cruzar comigo
Não se assuste com meu silêncio
Ainda estou aprendendo a falar
Sou mais apegado aos atos, aos fatos
Deles não podemos escapar
Que se prolongue esse estado supremo, esse nirvana
Que venham mais tardes como essas
E até mais silêncios
Desde que sejam igualmente saudosos como os que já tivemos...

Nós


É, parece que nos veremos de novo
Eu só espero querer tentar
Andei em caminhos tão escrotos
Lugares tão sórdidos
Que me leve ao seu lado
Que me lace, me dome
Ando mesmo meio arisco
Um tanto quanto ríspido
Precisando de braços que me envolvam
Beijos que me viciem
Mais que há outra hora já dados
Não vamos nos apegar ao passado não é mesmo?
Estou de braços abertos pro seu presente
Venha, me leve, mas fique
Permaneça, prossiga em nós
Você tem vontade, isso é bom
Vamos tentar não ser em vão
Vamos construir um mundo
Vamos fazer planos
Não vamos causar danos
Vamos prometer não ter enganos
Vamos fazer do sonho nossa realidade
Nossa dualidade...

Individualidade


Tenho medo de me trancar na individualidade
De não saber mais ser sociável
De não saber se fazer presente
Medo de ser só silêncio
Medo de ter medo
Não saber me fazer alguém
Não me destacar em meio aos egos cada vez mais altos
Não ter vez, não saber qual é a vez
Ter sempre o calar
Andar pelos cantos
Olhar, ouvir e emudecer
Medo do tremor dos nervos
O nervosismo matador
O temor, o suor, o gaguejar
Entender e não conseguir expressar
Embelezar meu conteúdo
Investir na minha casca
E parecer cada vez mais com uma sombra
Estar presente e não ser notável
E ser cada vez mais um tanto faz
Conversar comigo mesmo
Ser amigo de mim mesmo
Solidão não me acompanhe...

A meta nunca atingida
Aquela meta surgida
Nunca cumprida
Só almejada
Eu queria, mas não sei se quero mais
Vou fugir pra surpresa no ônibus
O momento, a oportunidade
Onde permaneci na mesma
No olhar, no se
Até quando, como?
De onde virá?
Como aparecerá?
A demora é grande
Esperar não é bom
Não saber o que fazer é pior
Vai lá pessoa sem noção
Sem limites, sem culpa
Há se você sentisse mesmo culpa
Quem sabe se sentia diferente
Quem sabe se media nos atos
Quem sabe até pensasse mais na doutrina da vida
Nem tudo é melodia
Nem tudo é legalaize
Nem tudo é só paz e amor
O amor não existe
Há se você soubesse disso
Há se você lembrasse disso... da nossa mesquinha, ardilosa e passageira sina...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Ter


Queria mesmo te ver novo
Gosto dos ventos do acaso
Parece que entrei nessa agora
Foi bom, sentir um frio
Um perigoso frio na barriga
Não esqueço a sua passagem
Tão rápida, um lance
Como faço pra te encontrar
Aparece e me leva
Me leva pra um lugar melhor
Aparece e causa mais charme
Vem de novo e traz mais graça
Vem pra eu te mostrar a minha praça
Vem que vai ser massa
Vem que essa escura noite também passa
E quem sabe o velho medo todo vaza
Volta pra tentar fazer melhor, na raça
Sem perigo, na manha, eu vou de graça
O brigado por essa bagunça
Esses versos, esse abuso
Essa esperança traidora
Esse fervor que andava escasso
Queria ter um poder telepático
Ser paranormal ou ter um GPS pra te rastrear
Queria teu olhar
Um toque, um abraço
Novo fleche, nova presença
Você materializado só pro meu espaço, no meu passo...

terça-feira, 4 de agosto de 2009


Sem esperar nada
Sem me preocupar
De repente o ônibus que eu esperava veio a minha frente
E de dentro sai você
Te olho, você me olha.
Nós nos enchergarmos do mesmo modo
O olhar permanece fixo
Na condução eu subo
Dela você desse e corro pra próxima
O olhar não é desviado
De você veio um sorriso
E um cochicho com a amiga
Te vejo sumindo em meio aos outros
Quem é você?
Quero muito saber...

Estou como a noite sem lua
Inimaginável, porem existente.
Está difícil segurar a minha onda
Atitudes sem um pingo de noção
Vagando pela vida sem ter um paradeiro
Calando, guardando e me escondendo.
Um bosta mesmo!
Esperando alguém que caiba no meu sonho
As rugas aumentando
Os fios de cabelo diminuindo
Inseguro até o ultimo talo
Sem importância, sem rumo.
Diria até que perdi a essência
Parece que andei regredindo
Construí um mundinho em cima da dor
Da solidão, da carência.
Me acomodei, mas não me acostumei a ser sozinho.
È duro ser rejeitado
É complicado ver que as coisas não são como pensamos
Nunca desejei tanto
Nunca senti tanto
Nunca me machuquei tanto
Parece que o tempo agora corre mais rápido
E eu estou estacionado
Estaticamente parado
Cansei de tanto pensar
De tanto olhar ao horizonte
Agora me encolho na cama
Tentando sumir do mundo
Acho que não posso com a vida
Acho que não sei amar
Acho mesmo é que nem sei o que é amor
Maldito lirismo desmedido
Pra que porra tanto romantismo
Os que sentem com a razão é que são felizes
Os que não se embriagam de sentimentos
Não se dopam de paixão
E não se drogam com o amor
Um vicio que é incurável
Sem chance de reabilitação
Eu me perdi e não sei qual o meu caminho...