segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sem perguntas e nem respostas


Mastigaram minhas esperanças, engoliram e vomitaram
Como quem se embebeda da pior cachaça do bar
Que depois sente o estômago revirar
Que regurgita cada golada ingerida
Posar bem para uma foto pode ser um disfarce perfeito
Pra quem promoveu uma bocada segura em um lugar discreto
Mas cuidado com as pessoas acostumadas a se disfarçar
Elas conhecem tudo, mesmo as coisa mais camuflados
Sentem o cheiro do dito deslize muito de longe
Amigo, repito que não preciso
Não falar comigo pode sim ser um jeito
Um jeito de me prender mais
Sinto a impressão as vezes de que adoro um sofrimento
Deve ser o costume
Preciso parar de ter presa
De esperar, de criar as malditas esperanças
De manter teus olhos e sorriso em meus pensamentos
De te lembrar, desejar, de planejar
Entre um e outro um dia acerto
Entre um e outro um dia volto pro certo
Deixo de lado o desespero de quem não tem sono
De quem não contem as letras a escrever
De quem só tem o silencio
O espantamento, as falsas esperanças
Agora vou dormir
Sem escovar dentes
Sem tomar banho
Sem alegrias
Sem amor...

Um comentário:

  1. Amigah!
    eu gostei mais desse texto, apesar que gostei muito do veneno do primeiro texto e da solidão da chuva. tenho uma profunda solidão em dias de chuva.
    BJBJBJBJ

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