segunda-feira, 5 de abril de 2010

Dia de Chuva


Os sonhos só às vezes parecem reais
Mas são os pesadelos que vem com mais realidade
E são sempre neles as vezes que não conseguimos acordar
O silencio agora reina entre mim e o suposto pesadelo
Sabe que pensei que seria pior
Que sentiria mais falta
Mesmo estando definido como ocupado, sei que está lá
Quem sabe falando com teu sentimento
Agora vejo se mostrar disponível
Mas o que tenho mais uma vez é o silencio
E as frases apaixonadas que não são minhas
Acho-me tão infantil em dias como esse
Dias de chuva que odeio tanto
Ela me lava de tristezas
Reforça os silêncios, os quais poderia até tocá-los
Sinto cada gota repleta de solidão
Sinto o cheiro do abandono brotando do asfalto
Me amargura ter a ilusão do amor
Dá medo pensar que preciso dela pra viver
Vejo aproveitadores namorando
Pessoas mesquinhas com romances seguros e duradouros
Gente usando, se deixando usar
Viver de aproveitar momentos
Percorrer noites buscando um colo pra repousar a cabeça no fim
Mas não encontrar
Quem sabe com alguma sorte uma boa transa
E depois a chuva com gotas sujas corroendo a carne, a mente, o peito, coração
Sigo me arriscando a cada abismo amoroso que me jogo
Tento voar, mas acabo sempre caindo
Jogo doloroso que sempre perco
Não sei amar?
Não sei ser amado?
Eu sei que chove lá fora
Eu sei que me chove por dentro...

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