segunda-feira, 5 de abril de 2010

O C da lista!


Ah se mandássemos mesmo nos sentimentos
Agora não estaria assim
Com essa vontade louca de me rasgar por inteiro
Tua forma apenas de ser educado já me torturava
Minha tendência a ser sozinho
Trocaria a poesia para viver um grande amor?
Por que poeta sofre?
Eu sou poeta?
Eu sofro agora
Congelado e com olhos vidrados na tela
Não podia ser verdade, mas era
Amizade eu não sei
Me diz: Eu te adoro!
Queria muito escutar isso
Mas desse jeito não
Dormir bem?
Isso de certeza não
Mesmo se dormir o pesadelo vai ser certo
Depois de lavar a cara com gotas de água salgada
Do desespero trancados
Dos sussurros estranhos da ilusão
Raiva de você ainda não
Olhei por bons minutos um ponto fixo
Como na esperança de trazer a tona lembranças
De materializá-las em minha frente e revive-las
Tomei um banho demorado
Tentei lavar de mim a solidão com água e sabão
Mas não consegui
Por vezes ainda sentia escorrer água salgada
Pra me afugentar ou mais certo que pra te lembrar
Provei de mim meu liquido
E me transportei pro escritório
Lembrei da sala e do colchão de ar
Das palavras, dos toques, os beijos
Acho que não mais um de boa noite
O que eu sou pra você?
O que eu fui pra você?
O que serei pra você?
As borboletas se revoltaram
Elas me roem por dentro
Acabou antes de começar
Acha isso dramático demais?
É que como você disse não mandamos nos sentimentos
Você foi o único a me tocar desse jeito
Fazia muito tempo
Sou um sonhador e você roubou meus sonhos
Mas vá siga em frente, e se der lembre de mim
Te admirei dormindo mais de uma vez
Vou seguir com esse oco no peito
Quando quiser uma amizade doentia, lembre de mim
Quem sabe não é o tempo mais uma vez
Uma boa noite!
Vou acordar de olhos inchados...

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