sábado, 26 de setembro de 2009


O silencio da madrugada é perturbador
Os pensamentos trazidos por ele são amargantes
Não quero me policiar
Não quero me censurar
Você não merece isso
Queria mesmo falar tudo o que passa em minha cabeça
Mas que culpa tenho eu de guardar as palavras
De engoli-las muitas vezes
O certo se mostra tão duvidoso
Não quero me explicar
Procuro ser entendido, ando tentando me entender
Será que apenas me acostumei?
Será que é mesmo necessidade?
Olha eu me censurando
Escolhendo palavras certas
Quero olhar pra lua
Mas nela não quero ver o coelho dos apaixonados
Desejo ver a tua face
Quero poder fechar os olhos e sentir tua presença
O teu toque, teu sabor
Quero sim aprender
Adorarei ensinar, só somar e multiplicar
Não me prive das perguntas
Mas também não arranque as respostas
Esteja sempre por perto
Mas não tome o lugar da minha sombra
Te deixo a vontade
Mas não se sinta largado, solto
Já não me imagino sem as cobranças
Doces e saldáveis como só você sabe impor
Quero agora me acostumar a não sofrer
Já que agora tenho o que quero
As vezes penso gostar de uma fosa
De conversar com a solidão cara a cara
Mas são só os pensamentos do silencio da madrugada
Que tudo passe no amanhecer...

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