quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O que martela na cabeça e dói no coração




Os meus pensamentos persistem em olhar o passado
Não sei se saudosismo ou sadomasoquismo
Vai ver é tudo a mesma coisa
É certo que ainda não esqueci
Assim como não me esqueci dos outros
Não ouve ponto final em uma das minhas historinhas inacabadas
Lembro de todas, cada uma do seu modo
Uma que virou amizade
Outra o calo que ainda dói
Tem as lembranças boas
Os que não existe contato
Pena mesmo é que o calo sempre incomoda
De vez em quando abre, sangra e da trabalho
Ai encaleja de novo e fica áspero
Mas parece que nunca some
E a culpa de ainda ter esse calo
É minha, toda minha
A lembrança tem gosto
O cheiro cada vez mais impreguinado
Saudade é uma palavra que dói
Eu mesmo me rejeito por ainda sentir isso
Por prestar esse papel de ridículo
Me submetendo a esse estranho sentimento que ainda persiste
Já perdi as esperanças
Pra mim já está provado como a espera cansa
A espera por quem não vem
É humilhante pensar em quem não sabe mais nem quem sou
Quem nunca me conheceu de verdade
Quem não soube cuidar de tudo que era passado
Com tanto zelo, atenção e reciprocidade
É essa a palavra, só queria um pouco de reciprocidade
Sei que todas essas palavras são em vão
Assim como meus pensamentos
Só não posso renegá-los
É nesse desespero que sinto, reflito e vivo...

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