quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Desamparo


Minha mente anda aos giros
Não sei de muita coisa
Mas sei que não quero ser alguém que vive aos tombos
Desconsertado e desconsertando
Atingindo aos outros com minhas mazelas
Não quero ser o que ri mais alto
O que sempre chama toda a atenção com o silencio
Também não quero preenchê-los
Eles me gritam verdades
Como aguentar noites não lembradas
Conversas alcoolizadas, devaneios exalados
O que estou fazendo?
Às vezes me sinto cínico
Dissimulado, um astuto jogador
Já fiz ate o que não queria que fizessem comigo
Bobagem, já fizeram e eu nem percebi
Muitos me amaram, outros me desejaram
Alguns ainda nem me esqueceram
Mas ninguém soube me ter
Ate eu me sentir na lata do lixo
Desde então vivo me reciclando
Ou de repente me enganando
Nada sabemos de nada
Tenho segredos que nem mesmo eu sei
Mentiras que eu próprio me contei
Relembrando o que eu não esqueço
Uma nostalgia quase doentia
Melancolia que chega a ter gosto
Mas nunca desistirei de me equilibrar
De me erguer quando nem consegui suportar
Assim eu irei meio zureta
Tentando me lembrar do que fiz na noite passada
Com medo de ter feito ou de querer não lembrar
Loucura não é uma coisa ruim
O que existe é o exagero...

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