sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Enfim!



Sabe, estaria sendo desonesto e mentiroso
Se reprimisse a saudade que sinto
Também posso estar sendo maldoso
Revelando e causando certas esperanças
Mas jurei ser honesto contigo, meu bem
Me fizeste tão feliz
Me amaste tanto
Como se preocupou comigo
Me deu tanto carinho, causou tanta emoção
Sempre atencioso, sempre entregue
O tempo todo presente
Tão capaz de me satisfazer
Agora o necessário é me desacostumar
Dos teus mimos, mensagens e ligações
Longas, turbulentas e amáveis ligações
Agora não me pertencem mais teus beijos
Nem teus carinho e abraços calorosos
O quarto quinze está guardado na memória
Com sua cor azul e seu cheiro de desejo
Aquelas paredes guardam risadas, brigas, conversas
Alguns segredos expostos, umas outras gotas salgadas
Que molhavam insistente o travesseiro
Novas experiências, prazer só sentido com você
E amor, muito amor
Desses sinceros e verdadeiros
Tão honesto e cauteloso que agora é só lembrança
É bom lembrar desse jeito
Foi bom manter o respeito
Você foi bom
Será que eu nunca estou satisfeito?
Será que foram os defeitos?
Minhas asas são tão grandes agora
Que não querem parar de bater
Eu perdi os freios
Não sei o que são explicações
Não me dou bem com cobranças
Nem sei mais como abandonar meus silêncios
Estou acumulando historinhas inacabadas
De mão em mão, sem saber meu paradeiro
Assustado, frente a frente com o que eu já não tinha
A solidão não me assusta mais
Acho que é disso que deveria ter medo
Enfim, é esse o preço de se arriscar no amor
De não ter mais receios de dor
De esperar sem se cansar
Por uma coisa que parece que não vem...

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