terça-feira, 30 de novembro de 2010

No vazio do meu bolso


A tarde, de volta pra casa no coletivo da saudade

Me descubro nos surtos de tudo que não é meu, que escorreu pela vida

O que sumiu da minha vista, disponível ao estalar dos meus dedos

Bondosa opção que no perigo de se descartar sozinho, mostrou-se tão precioso

Um tratamento perfeito para antigas doenças de mitológicos planetas

Foi em mim que tuas lágrimas escorreram

Lavaram meus cegos olhos sonolentos

Quero sair de mentes que não me lembram

Te desejo no escuro do cinema

Me embriago do teu cheiro nas cervejas que bebemos

Parece que me perdi nos versos de uma poesia dor de cotovelo

O que fazer se ele me caça em músicas que escuto, no silêncio do meu mundo

E no podre costume vicioso que me deixou de herança

Não sei o que aconteceu, mandinga, reza braba, paixão envenenada

O fato é que senti sua falta na ligação indesejada

No calor febril do meu corpo

Na dor dos meus músculos palpitantes

No espaço da alma que me roubaram...

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