
Aqueles dias mais vivos, enraizados
Os teus calafrios em mim
Medo de perder o fôlego num toque mais profundo
Devia ter me prendido eternamente naquele ultimo abraço apertado
E me limitado a escrever devotos versos açucarados
Ter lutado contra as balas, pirulitos e canastrões rosados
Redimindo-me a compartilhar, quem sabe
E com isso retirar o prazer do sangrar
Me contentar com os escuros, aprender com os abusos
Felicidade, uma ferida aberta e inflamada
Te dominar como um bicho, te possuir, aprender a impor prazer
O tempo nos chocou, nos separou
Escolhas nos afastaram, as tuas
Me fez virar as costas
Me fez provar o gosto venenoso das lagrimas sanitárias
Encarnar um vigilante de um museu abandonado, empoeirado com lembranças...
Nenhum comentário:
Postar um comentário