
A tarde, de volta pra casa no coletivo da saudade
Me descubro nos surtos de tudo que não é meu, que escorreu pela vida
O que sumiu da minha vista, disponível ao estalar dos meus dedos
Bondosa opção que no perigo de se descartar sozinho, mostrou-se tão precioso
Um tratamento perfeito para antigas doenças de mitológicos planetas
Foi em mim que tuas lágrimas escorreram
Lavaram meus cegos olhos sonolentos
Quero sair de mentes que não me lembram
Te desejo no escuro do cinema
Me embriago do teu cheiro nas cervejas que bebemos
Parece que me perdi nos versos de uma poesia dor de cotovelo
O que fazer se ele me caça em músicas que escuto, no silêncio do meu mundo
E no podre costume vicioso que me deixou de herança
Não sei o que aconteceu, mandinga, reza braba, paixão envenenada
O fato é que senti sua falta na ligação indesejada
No calor febril do meu corpo
Na dor dos meus músculos palpitantes
No espaço da alma que me roubaram...