quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Querer, lutar, querer



Querer muito uma coisa é viver em função dela, mesmo sem às vezes ter noção disso
Desejar muito pode doer também, machucar muitas vezes
Conquistar é a meta, todo o possível é feito
Mentir, brigar, sofrer, chorar, ser humilhado, se iludir
Muito se perde, não é apenas água que escorre facilmente pelos dedos
Pensar na batalha perdida faz parte da conquista
Deve-se lutar contra a vontade diária de querer desistir
Enquadrar-se vai ser sempre uma opção mais segura
Porém segurança é planta que não nasce nesse jardim de flores carnívoras e famintas
Aqui, a fome da caça deixa o caçador esfomeado
A desistência acontece, a persistência prevalece
Ir e voltar é um jogo de iniciação
Com o tempo a porta de saída perde o sentido
Os ciclos cumprem sua sina, a luta se renova
Para cada dia um recomeço
Tudo é o mesmo só que completamente novo
Não ter ideia do que deve ser feito é estar em teste
O que vale é a experimentação, ter coragem é ter talento
Não existe brilho sem o trabalho de polir a pedra
E brilho demais é cansativo, é engano
Brilhar não é o mesmo que ter brilho, brilho é resultado
As metas são sempre repostas, se renovam
E não é apenas querer mais, não é ganância, não, é necessidade
Linha de chegada sendo sempre adiada
Criatura e criação entram em choque, amam e se odeiam
Acalentado é aquele que está em eterna descoberta
Ter espaços em branco sempre e sempre ter o desejo de se preencher
Encontrar a liberdade na escravidão de ser...

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