domingo, 8 de agosto de 2010

Para ti, Navegador zumbi das madrugadas


Poderia deixar para depois mais esse amontoado de palavras

Mas suspeitas de loucura fazem meus olhos mergulharem em tempos remotos tão presentes

A loucura não avisa ninguém de sua visita, será?

Conversas intermináveis pelas madrugadas já nem tão solitárias pelo conforto repartido

O amor que foi mudando, transformando, reformando, acompanhando, ajudando, estando

A amizade sendo cultivada com a insônia permanente de quem escuta os pensamentos ao pé do ouvido

Mergulhando no desconhecido de si mesmo

Assim que alguma minúscula brecha se abre no duro escuto criado sem se saber como

Aprendendo aos poucos como é ser aquele de fora dos círculos xerocados de um comportamento torto

Não achar graça em coisas politicamente corretas e muito menos em parodias mal formadas de uma merda estereotipada

Não dar beijos de felicitações quando precisam ser dados, mas quando socos seriam mais cabíveis

Não se sentir um extra-terreno-humano-bicho-bichano-insano-estranho-tonto

Absorver o mal absorvido transformando em inspiração para os vômitos de sempre

Abrir as portas pode ser uma batalha magistral quando ninguém pode tocar na maçaneta

Todos podem decepcionar, abrir feridas novas e inflamar algumas ainda não cicatrizadas

Atenção é uma grande forma de culto pessoal para o próximo

Cheio de pensamentos atrapalhados um conselho poético vira uma resposta intima

Deixe a loucura fluir por suas veias, para assim entontecer a realidade alheia e cheia de formulas mofadas

Se esconder dentro daquilo que causa uma observação maior

Sem saber que é melhor sair e abrir o peito para as flechas do viver

Ouvir besteiras, venenos doces, sabedorias furtadas e destorcidas por uma mente cheia de repressões

Socializar só com angustias, tormentos, medos, ironias

Um pouco de mim no outro do sono nosso que não vem

Quem sabe ser mais flexível, mas sem perder de vez a textura

Tentar dizer pro outro, mas acabar falando sobre mim, minhas insanidades varridas para baixo do tapete

Me ver em outros tantos dentro do que ainda não entendo ser...

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