sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A nova busca e a mesma procura



Antes de começar vou logo me perguntando o que nem posso me dizer
Como me livrar das inseguranças que te afastam de mim?
Essas que me fizeram cego e mudo por tempos e motivos tantos
Poderia colocar a culpa nessa coisa de horóscopo, astros, planetas
Culpar tudo com toda e qualquer vulgaridade mais próxima
Mas agora a corneta toca, agora procuro caminhos no tempo
Mas afirmo ao senhor destino que nada fica entre 1 e 23
Assim como na música de guerra amada daquela lutadora que se foi
Ninguém além de nós e todas as relíquias que agora caço e acumulo alucinado
Desenterraria assuntos mortos e culpas não tidas,
Se isso te fizesse percorrer de volta o mesmo caminho que um dia foi se afastando
Indo, para depois, mais tarde tantas vezes voltar, o meu vai e vem
Nosso caso sério busca um novo reencontro
Volta pro teu demônio que o inferno congelou
Perdoa os pecados, vamos colocar arruda na orelha e encarar qualquer retrocesso
Vamos nos vestir de verde e tocar o foda-se
Volto das lembranças, vejo como está meu caminhar
Deparo-me numa mesa com latas vazias e muita ausência
O cigarro se foi, junto com toda essa saudade que chega mesmo com sua presença
Essas coisas de quem na maioria das vezes tem apenas o olhar para se satisfazer
Quando olhar é o único suspiro que conforta, o socorro que resta
Vou engatinhando sobre tuas pegadas
Quero tuas digitais marcando meu corpo
Quero os beijos e abraços que só você sabe dar
Quero reticências no final
As cartas foram dadas e o meu jogo é você quem faz
As regras e dinâmicas fogem do meu controle
Estou derramado em tuas mãos, quase a escorrer
Somos sagrados, mas não podemos estar dependurados em nenhum pedestal
Minha pupila insiste em te refletir, quero aprender mais
Minha mente é seu terreno, você a estaca mais profunda, o grande colonizador
Te vejo flutuando entre meus dedos
Engolindo comentários, dando sorrisos que te entregam
Tateando no escuro uma vontade tão castigada, tentando achar a luz
Vênus me guia e assim vou desviando das montanhas
Assim vou arrancando pedra por pedra das muralhas que me bloqueiam do teu mar
Vou ditar passo por passo o caminho da nossa estrada
Vamos desenhando esse mapa pelas tardes e madrugadas que encontramos
Frente a frente ou transmitidos pelas telas da tecnologia nem sempre favorável...

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