domingo, 1 de maio de 2011

Permitindo mãos nos bolsos



Estranho-me recolhendo pontos fracos
Me atiro no conforto de uma troca
Deixo rastros onde chovem carícias
Corro os riscos de estar mortificando outros seres
Aniquilo possíveis descobertas fora do meu contexto
Perguntas estourando minhas barreiras
Um grude a me cansar da mesma forma
O fuso horário distanciando os tempos, fruta colhida antes da hora
Nenhum incomodo mais persistente, paciência carente a diluir afastamentos
Tentativas refazendo aquela sombra boa,
Pra se esconder do sol, apanhar a brisa, soprar as cinzas
Reforço a purificar o fogo, pólvora flamejando, semente replantada
Back?
Coleira frouxa, gaiola aberta
Um frio germinando do intestino
Olhares passados, repassados, roubados, um gosto novo sufocado
Vontades não realizadas, desistências anunciadas, pulsação
Pedidos que não importam, não se importam
Exposição controlada pelas rugas germinadas na face
Nada esperado em troca, nenhum reembolso, nem mesmo lucros a colher
Certeza mesmo só de perda, de um no outro
Noites acolhidas, yellow songs
Fotos a triturarem promessas dispensadas
Lembranças no museu azul do paraíso
O quarto intacto, deixado para trás, abandono para o novo
Nada firmado, tudo no alcance do toque
Descoberta as cegas de um território já tateado
Cascata que cai livre ao encontro de um rio sempre diferente
Novos sabores de um reencontro...

Nenhum comentário:

Postar um comentário