segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Ladrão Imaginaruim


Foi ali mesmo que meu olhar caiu sem freios no breu

Libertaram-se do meu rosto as expressões que não conheço

Jogo de passa e repassa

Os meus no seu, os seus em mim

Nenhum impulso arriscado

Cliente satisfeito, outros olhares a mim jogados

Queda livre de instantes permanentes

Imaginarium

Quatro cantos percorridos

Gestos contidos, alguns lances perdidos

As letras dos nomes, gentileza trabalhista

Procurando algum presente?

Ladrão de uma vitima entregue

Riso nervoso, teu olho, calafrios

Dois nomes que não sei

Olhar parado, boca, sede, seca, deserto

Fui com os olhos

O olhar ficou até o fim do teu expediente

Te acompanhou no ônibus, até em casa

Percorreu teus passos

Abriu a porta do teu suposto quarto

Te viu cair na cama cansado do dia corrido

E desejou saber o que via e onde estariam os olhos negros que me olharam...

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