
Resmungo intolerante
Poesia retalhada
Historia sem começo
Medo fumegante
Planos não realizados
Qual é o teu nome?
Olhos do breu da minha claridade
Martelo da consciência
Foco mudado, ciclo entreaberto
Água teimando a escorrer pelos dedos
Como dar o laço perfeito?
O cronometro já foi ligado
Por gentileza não se vá antes de vir
Melodia alegre para uma letra triste: Samba
Pernas bambas, borboletas renascidas
Olhar viajante, longe, longo, logo
Quatro paredes, nas mãos minha imaginação
O toque da mente, será que me pensa?
Fora dos sonhos, entregue ao tato da realidade
Escarro de mal entendidos do passado, passados-presentes
Uma nova rodada do ridículo da vida
Irrigação para o deserto
Página inteira, folha dupla
Suspiro no fim da tarde
Noite de sono, madrugadas em claro
Competição às cegas
Distância aumentando
A coragem que não tenho
Poço sem fundo
Roer de unhas cariadas
Só olhar?
Jardim de plantas carnívoras
Concorrência de fim de semana,
De olhares de breu,
De sede-seca-inflamável
Como te achar?
A voz censurada por tremer
Esperanças semeadas
Algo a se fazer
Ponto cruz
Nó de marinheiro...