quinta-feira, 21 de julho de 2011

Do que foi deixado e suas contra indicações




Uma solidão de mentiras juradas vai me aprisionando em culpas
Esvaziando o avesso que anda revirado
Veias estão congestionadas por cima da pele
Os ventos não me sopram a lugar nenhum, lugar ninguém
Impulsos não me fazem avançar, a ficha do sobreviver não cai
Nada de riscos oportunos ou tentativas estimulantes
O abandono chega sempre antes, muitas vezes antecede o acontecer
Minhas escolhas subiram patamares, estão distantes
Uma aquarela em tons de cinza
Vou estranhando vontades, entalando os quereres
Delas não me lembro, não as tenho mais
Meu pecado maior é o silêncio vencido
A facilidade do suspiro e o ardor da consciência
O intervalo entre o desabafo não tido, rejeitado
As reticências, os lugares de mim que vou esvaziando
Constância cômoda de ir piorando tudo pelo descaso
Passos confusos impedindo acontecimentos
Bloqueio de rachaduras bastardas
Vandalismo interior, arrastão de sentimentos
Distúrbios distribuindo as senhas de atitude
A linha reta com as mesmas paisagens repetidas
Placas de impedimentos nos canteiros proibidos
O peso da cabeça não permite cortar caminho
Sair desbravando aquela outra coragem de menino
Os desprendimentos abandonados ao longo dos tratados traídos
Um ranger de dentes ancestral
Sem espaços para uma pseudo perfeição
Aliás P-E-R-F-E-I-Ç-Ã-O alucinação preferida
O esporte da auto-sabotagem...

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